O projeto é resultado de um concurso. Localizado num pequeno vale, rodeado de zonas arborizadas, no bairro de Santa Ana, em Sopuerta. O campo de jogos é de gramado artificial e seu lado maior está orientado de leste a oeste.
É uma paisagem rural onde a integração na natureza é um objetivo na arquitetura desenvolvida. O verde, as ondulações dos campos e os montes do entorno dirigem a geometria da solução proposta.
Esta gentileza buscada para o edifício também é desenvolvida em sua funcionalidade. Criamos um caminho que se divide em dois, um ascendente para levar à arquibancada e outro que desce para os serviços. No final, os caminhos voltam a se encontrar criando um anel.
A arquitetura é orgânica e muito simples, apresenta uma dupla ordem funcional sobreposta. Uma base opaca, semienterrada para reduzir a sua altura e facilitar a acessibilidade. Monolítica e quase petrificada, construída com concreto severamente marcado por areia sílica, abriga vestiários e depósitos. Sobre seu teto, discorre o passeio para as localidades abaixo duma grande cobertura verde e translúcida que se curva em diferentes direções para acompanhar o passeio que protege, refletindo ao mesmo tempo a sinuosidade dos montes e ladeiras do entorno.
Esta cobertura começa na entrada do campo convidando o visitante a entrar. Quando o caminho se bifurca ela começa a se dilatar alcançando sua máxima dimensão transversal no centro da arquibancada, depois sua largura vai se reduzindo até o final.
A estrutura desta cobertura é resolvida com pórticos metálicos que também vão variando sua altura para participar na definição dos caminhos. Assim, são mais altos e esbeltos no começo para anunciar a entrada e vão reduzindo sua altura na medida em que avançamos até alcançar seu ponto mais baixo, precisamente onde a cobertura é mais larga, no centro da arquibancada, potencializando a horizontalidade neste local.
A estrutura do edifício no bloco opaco de vestuários e depósitos é construída através de pórticos de pilares e vigas de concreto armado, que sustentam os apoios localizados em níveis diferentes. Estes apoios possuem suas formas de acordo com seus trabalhos, são considerados bidirecionais e estão constituídos por lajes maciças de concreto armado, de 20 cm de espessura.
Na parte superior, os pórticos metálicos que suportam a cobertura verde translúcida são construídos com pilares finos circulares que simulam as árvores do entorno. Para as vigas e cintas são implementadas IPEs, e sempre que possível são aparafusadas.
As fachadas estão compostas por uma folha exterior de 15 cm de concreto armado com jateamento de areia sílica e um extradorso cerâmico. Em todos os acabamentos, os parâmetros interiores se utilizam de resinas, em argamassa de cimento impermeável. Na cobertura, usa-se uma tela translúcida de policarbonato celular translúcido triplo.
- Cliente: Ayuntamiento de Sopuerta
- Custos: 1.791.000 euros